quarta-feira, 19 de junho de 2013

Os incomodados que se mudem - #VemPraRua

Mas desde o começo, isso quer dizer, sempre haverá uma porcentagem bem pequenininha que não vai ficar do lado do povo. Sim. Povo que não se junta ao povo, por quê? Ah! Porque ele não depende de transporte público para se locomover; ele não utiliza da saúde pública, mas usa Unimed e outros convênios que pelo amor de God, está no mesmo barco que o SUS, uma bostinha; não vão se importar porque não dependem da educação municipal/estadual/federal; porque eles vem de "Anglos", "Progressões", "Objetivos"; "Idesas" da vida... Um momento, não estou generalizando, afinal de contas, vemos em nossas ruas gente da elite, com dinheiro e que não usa o transporte público, mas que tem parentes que usam; temos gente que tem o melhor (ou pior) convênio médico, mas sabe que seus amigos dependem do SUS; conhecemos os riquinhos que não VIVEM À BASE DO QUE PAPAI E MAMÃE dá, por isso, ele vai às ruas, porque ele não é o que o dinheiro alheio pode lhe proporcionar. São esses mesmos que não se conformam com um tipo de patriotismo e corre para as ruas pois sabe que as coisas se tornaram densas demais. É óbvio que vai ter uma pequena parte da população que vai ficar em casa julgando os manifestos e seus derivados; vai julgar os que estão atrapalhando o transito, porque ele está indo pra casa quentinha, onde vai ter comidinha gostosa; é claro que ele vai apontar os erros e jogará sobre aqueles milhares de pessoas que tem sonhos, mas está cada vez mais inviável; é claro que ele está estudando para passar no vestibular, enquanto outra multidão não encontra base nas escolas do Estado para conseguir, se é que encontra alguma motivação. Essa não é uma crítica à você que julga e não levanta a bunda da sua poltrona; ou para você que acha que é bobeira protestar; ou que isso ou aquilo; é só uma atençãozinha básica: o Brasil é nosso, se você não está satisfeito porque milhares de pessoas vão às ruas reclamar o que nos é de direito, por favor, continue vivendo na zona franca do seu comodismo e deixe-nos lutar pelo que é nosso, afinal de contas, é fácil ter tudo nas mãos o tempo todo...

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