sexta-feira, 14 de junho de 2013

O que temos a ver com os Protestos?¹

#Crônica

Parte 1

Já vamos começar a articular um movimento forte aqui em Pinda. Se a Viva Pinda aumentar a tarifa, também vamos pra rua. Sim! Cidade do interior fica só de butuca, se lá pode aumentar, porque aqui não? E se lá, o poder público diz que não vai reduzir, podem ter certeza de que aqui também vão pensar do mesmo modo, portanto, se subir o preço da passagem de ônibus, vamos pra rua, custe o que custar. Aí você pergunta: o que você tem a ver com isso? O que tem a ver com o protesto que acontece em "Sampa"? Direi uma só vez: você pode não fazer uso de transporte público, mas nem por isso, você precisa ser um animal para perceber que isso afeta nós, os "assalariados". Entenderam? Você pode não morar em São Paulo, mas ainda assim, temos que ter em mente de que é abusivo o preço da tarifa. 0,20 pode não ser nada para alguns, mas para outros, 5 ou 6 vezes por semana, significa um preço injusto a se pagar! E só mais uma coisa: é perceptível que os governos que tem preferido a repressão, aí já viu né? Se tem alguém errado? Obvio. Ambas a partes, porém, aqueles que foram delegados para manter a ordem pública é quem mais ínsita a violência. Ajuda Federal não é para assunto Estadual. Oi? Entenderam? Isso mostra o quão os governos são metidinhos! O poderia quer simplesmente defender o grande empresariado dos transportes, notarão? Há violência arbitraria comendo solta, por isso, independente de quem esteja errada, cidadãos comuns que protestam ou governos e suas partes, vamos é focar na repressão violenta e selvagem, que parte do policiamento hostil, que não é só na capital que se mostra a cada dia mais devastadora e ditatorial. Será que isso só vai acabar quando se impor aquilo que a Anistia Internacional já fez?

Parte 2

Quase 24h por dia a massa precisa do transporte coletivo para se locomover na cidade mais cara do país e por isso, mesmo não fazendo parte dos que entopem os coletivos públicos (da capital), uso da razão para assim dizer, instigar a massa de que ainda faço parte de um movimento que prioriza os interesses de uma população que sai as ruas para protestar. Faço parte pelo simples fato de que acho hipocrisia a mídia somente ressaltar os interesses do "Estado". É uma lambeção de rabos, onde o empresariado, cada vez mais rico fomenta o cofre público e dá aquela molhadinha na mão de quem está no poder. Acho besta alguns e outros fazerem campanha contra o que sente quem realmente necessita de ônibus para se locomover. Aí uns vão dizer que não passam de um bando de "baderneiros" e que eles portam "bombas caseiras" e que isso e que aquilo. E aí? Você não reparou que a polícia faz mal uso de seus armamentos "menos pesados" para em nome do "PATRIMÔNIO PÚBLICO" preservar a cidade e esses mesmos que falam em "preservar" são os que entopem a cidade de lixo. Preservar do que mesmo? 0,20 centavos pode não fazer diferença para quem simplesmente não dependa de um salário humano para sobreviver. 0,20 centavos pode não fazer nem cócegas na bunda de quem anda de carro e em dias de rodízio, pega sua carona com outro hipócrita que não está nem aí para a situação momentânea. Você pode morar fora de São Paulo, mas ainda assim, o protesto que atinge a capital, é a mesma que deveria atingir as pequenas cidades, afinal de contas, ainda se vive a ilusão do reflexo do "que acontece" em São Paulo "também pode acontecer" aqui. 2013 está parecendo 1968 ou simplesmente 68 se faz presente em pleno século XXI, onde os interesses passaram a ser escravo do Estado. Portanto, essa é uma reflexão onde devemos é olhar a nossa volta e pensar, meditar: quem é que deveria estar saindo favorecido nesse momento? O povo ou o empresariado que já está com suas contas bem gordas? São baderneiros? A PM está conseguindo ser bem pior! Você pode achar que não tem nada a ver com isso, mas é agora, um dia, não muito distante, vamos discutir novamente sobre os conflitos de interesses que rolam entre o cidadão comum (eu, você..) e a Política "Pública" desse país!

Parte 3

Sinceramente? Esse é um novo momento da história. Com toda a certeza é um caminho a se seguir. O povo foi a rua, não simplesmente pelo fato de reduzir, mas aumentar, fazer valer a voz do povo que era para estar sendo representado e não agredido. Um povo que foi esquecido, que perdeu a autonomia para governantes e toda a sua corja, tudo em nome do empresariado. Claro que a primeira vista parece mais um monte de "vagabundo", como alguns dizem por aí, mas ainda assim, são esses mesmos "vagabundos" que tem coragem de levantar a bunda da poltrona e sair da zona franca do comodismo para ir e mostrar que quem deve baixar a guarda, é todo esse sistema político que esqueceu a razão pela qual eles foram escolhidos. Felizmente, essa é a abertura de uma nova forma de dizer que estamos aqui e queremos os nossos direitos garantidos. Baderna? Caos? Fazer o que né? As vezes é "preciso destruir para criar", pois se "abaixo-assinados" e qualquer outra forma de fazer-se ouvir não é observada, é assim que todos nós somos chamados para nos "aparecer" e não permitir que sejamos mais massacrados, pisoteados e esquecidos!

¹ Imagens: G1.

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